15º Festival Internacional de Jazz de Loulé - 2009

 

 

 

Dia 18 de Julho 22h - Quarteto de Francesco Caffiso

Dia 25 de Julho 22h - Al Di Meola World Sinfonia

Dia 26 de Julho 22h - Chick Corea & Gary Burton

Dia 1 de Agosto 22h - Mário Laginha Trio

 

Dias 18 Jul. e 1 de Ago.: na Cerca do Convento Espírito Santo

Dias 25 e 26 de Jul.: no Monumento Duarte Pacheco

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Reservas / Reservations

Francesco Caffiso

 

Al Di Meola

 

Mário Laginha

 

Os bilhetes para o concerto de Chick Corea podem ser comprados no próprio dia 26 de Julho ou na Ticketline, lojas Fnac, Worten e Agências Abreu

The tickets for the show of Chick Corea can be bought on the day of the show (26 July), on the stores Fnac, worten, Agências Abreu or online in ticketline.

  

Quinze edições do Festival de Jazz de Loulé constituem, indiscutivelmente, um número por poucos vaticinado nos idos de 1995. Mas são um facto incontornável, uma espécie de teimosa e (porque não?) justa homenagem a todos quantos, ano após ano, o têm construído e apoiado. Os números, o quinze ou outros – coisa mais utilizada na linguagem seca e tantas vezes lodosa das estatísticas - são também um tributo à força e à perenidade de uma das grandes expressões artísticas da nossa contemporaneidade: a música de jazz. E se é verdade que as dificuldades de natureza vária que têm, com uma regularidade e persistência de cobrador fiscal, rodeado a organização de cada edição têm vindo a manifestar alguma tendência para a obesidade, não é menos verdade que a gratificação por ver e ouvir bom jazz nas calorosas noites louletanas tem conseguido ultrapassar os desânimos, os cansaços e as desesperanças.
Então, e porque estamos em crer que o número quinze pode ser afortunado, propomos  um programa que, mais uma vez, tenta conciliar fórmulas consagradas com experiências mais ousadas; todas elas pautadas, em nossa opinião, pela qualidade e pelas muitas faces do jazz.
Abrimos, no dia 18, com uma das mais surpreendentes revelações do moderno jazz europeu, o jovem saxofonista alto italiano Francesco Cafiso e o seu quarteto. Segue-se, a 25, a confirmação de um dos notáveis do jazz dito de fusão, o guitarrista Al di Meola, desta vez com a sua World Sinfonia, para logo, no dia seguinte, a 26 e no âmbito da iniciativa Allgarve, desfrutarmos de um duo de eleição: Chick Corea e Gary Burton. Finalmente, a 1 de Agosto, para fechar o evento, a presença do trio de um dos mais brilhantes pianistas do jazz português: Mário Laginha.
Bem-vindos, pois, a Loulé e à décima quinta edição do seu Festival de Jazz.

 

Fifteen is a number few would have ventured to risk for the Loulé International Jazz Festival back in 1995. But fifteen years are also an indisputable fact, a sort of stubborn and (why not?) just tribute to all those who have built and supported the Festival through all this time. Numbers – fifteen as any other – used as they are in the dry and sometimes muddy language of statistics, are also a tribute to the strength and the long-lasting quality of one of the greatest artistic manifestations of our age: jazz music. It is true that several types of difficulties regularly and persistently have visited us, straining the organisation of each edition; but it is also true that our gratitude for listening to good jazz in the warm evenings of Loulé has helped us get over the disappointments, the strain, and often the despair of all of it.
Since we believe number fifteen is a lucky one, this year we suggest a program that once more tries to associate well-proven formulas with more outstretching new experiments. What they all have in common is the quality and the multiplicity of jazz music.
We will open of the 18th bringing one of the most surprising revelations of modern European jazz: the Italian alto sax Francesco Cafiso, with his quartet. The following concert, on the 25th will confirm the quality of one of the most famous fusion jazz musicians, guitarist Al di Meola who visits us this time with his World Sinfonia – the day after is the time for our collaboration with the cultural event Allgarve, and we will offer you a superb duo: Chick Corea and Gary Burton. Last, but not least, on August 1st we will close this year’s edition with the presence of Mário Laginha, a brilliant Portuguese pianist who comes with his trio.
You are very much welcome – to Loulé and to its fifteenth edition of the International Jazz Festival.
 

 

 

PROGRAMA

 

 

Francesco Cafiso e o Quarteto Italiano

Francesco Cafiso……..…….sax alto
Dino Rubino………........…..….piano
Riccardo Fioravanti…...contrabaixo
Enzo Zirilli………….....………bateria

 

Saxofonista alto, nascido a 24 de Maio de 1989 em Vittoria, Itália, é já considerado um dos talentos mais precoces da história do jazz: começou a partilhar o palco com músicos de craveira internacional aos nove anos de idade. Um dos mais prestigiados críticos de jazz, Ira Gitler, ficou surpreendido quando o ouviu tocar ao lado do veterano pianista Franco D’Andrea, em 2002, no festival de Pescara (com 13 anos, portanto!). Um ano depois integrou o septeto de Winton Marsalis na sua tournée europeia. Seguiram-se estadias em Nova Orleães, onde trabalhou com Ellis Marsalis, e Nova Iorque e, desde então, o trabalho ininterrupto com estrelas como James Williams, Ray Drummond, Ben Riley, Hank Jones, Mulgrew Miller, Joe Lovano, Lewis Nash, George Mraz e todos os grandes músicos italianos. Por outro lado, têm-se sucedido os prémios: Massimo Urbani, Eurojazz Award, Jazz Festivals Organization, World Saxophone Competition, New Stars Award ou o Django d’Or. Músico de refinada sensibilidade e senhor de uma técnica a todos os títulos notável – a recordar-nos que a herança de Charlie Parker continua viva e bem entregue – Francesco Cafiso terminou recentemente os estudos superiores de flauta e continua os de piano. Permitimo-nos ainda chamar a atenção para os seus companheiros de grupo, músicos de primeira água na cena jazzística italiana.

 

 

Born in 1989 in Vittoria (Italy) Francesco Cafiso is one of the most precocious talents in the history of jazz. At the age of nine he took his first steps, working with internationally famous musicians. Veteran jazz critic Ira Gitler was blown away by the young man's incredible set with pianist Franco D'Andrea at the 2002 Pescara Jazz Festival. Meeting Wynton Marsalis at a later festival was a decisive moment for Francesco’s career. Amazed by his qualities, Marsalis took him along with his septet on his 2003 European tour, where Francesco performed in prestigious theatres in the largest cities in Europe. From that moment on, Francesco went through a series of important experiences both in Italy and abroad. He went to New Orleans, where he met Ellis Marsalis and later attended the International Association of Jazz Education in New York City, then starting to play with artists such as James Williams, Ray Drummond, Ben Riley, Hank Jones, Mulgrew, Lewis Nash, Joe Lovano, George Mraz and all the great Italian  musicians. He won various important prizes: the Massimo Urbani National Award to Urbisaglia, the EuroJazz Award to Lecco, the International Jazz Festivals Organization Award to New York, the World Saxophone Competition to London, the Django d’Or, and the Japanese New Stars Award, among others. A sensitive musician with a technique issued from the Charlie Parker’s heritage, Francesco has achieved the Diploma in Transverse Flute and he’s also studying piano jazz.

 

 

Al di Meola World Sinfonia

Al di Meola..................guitarra
Peo Alfonsi..................guitarra
Fausto Beccalossi......acordeão
Gumbi Ortiz...............percussão
Peter Kazsas…..…bateria/perc.
Victor Miranda…........….…baixo

 

Originário de Bergenfield (Nova Jérsia, EUA), onde nasceu em 22 de Julho de 1954, é um guitarrista virtuoso, tanto na guitarra eléctrica como na acústica, sendo uma das referências do jazz de fusão. Ingressou na prestigiada Berklee School of Music em 1971 e integrou o célebre Return to Forever, de Chick Corea, entre 1974 e 1976. O seu interesse por tradições musicais bem diversas tem feito dele um intérprete à vontade em diferentes estilos musicais – flamenco incluído. Entre muitas outras, a sua colaboração com John McLauglin e Paco de Lucia, sobretudo em Friday Night in San Francisco, constitui um marco na discografia destes músicos. A lista dos seus trabalhos, sempre com grandes nomes, e a sua discografia são muito extensas: de Larry Coryell a Jean-Luc Ponty, a Bireli Lagrène, a Stomu Yamashita, Paul Simon, Stanley Clarke, Aziza Mustafa, Steve Winwood ou Carlos Santana, com quem fez digressões nos anos 80. A sua técnica e a velocidade de execução permitem-lhe abordar composições e solos de grande complexidade.

 

Born in Bergenfield (New Jersey, USA) in 1954, Al di Meola enrolled in the Berklee College of Music in 1971. In 1974 he joined Chick Corea’s Return to Forever, and played with the band until 1976. His total command of the various styles and scales is simply mind-boggling. In addition to a prolific solo career, he has engaged in successful collaborations, among others, with bassist Stanley Clarke, violinist Jean-Luc Ponty, and guitarists Larry Coryell, John McLaughlin and Paco de Lucia (everybody remembers FridayNight in San Francisco with these two masters of the guitar), Paul Simon and Carlos Santana, with whom he toured in the 80’s. He is noted for his technical mastery and extremely fast, complex guitar solos and compositions. On his early albums he had begun to explore Mediterranean cultures and acoustic genres like flamenco. H also explored the electronic side of jazz  and recorded albums closer to World music and modern Latin styles than jazz. He combines blindingly fast scalar runs with subtle, dazzling rhythms, and melodic phrases.

 

 

 

(Concerto Allgarve)

Chick Corea & Gary Burton

Chick Corea…………piano
Gary Burton……..vibrafone

 

Armando Anthony “Chick” Corea, um norte-americano de ascendência italo-hispânica, nasceu em Chelsea, Massachussetts, em 1941. Filho de músico, a sua infância foi passada entre músicos, tendo começado a tocar piano aos 4 anos e bateria aos 8! A par da influência dos grandes mestres (Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Bud Powell, Horace Silver e Lester Young), os estudos de jazz (Julliard School), de música erudita e o contacto com a música afro-latina, sobretudo a cubana, bem assim como a espanhola, contribuíram para o seu notável ecletismo. A partir dos anos sessenta tocou com quase todos os grandes nomes do jazz (Herbie Mann, Roy Haynes, Miles Davis, Stan Getz,  Joe Farrell, Anthony Braxton, Jean-Luc Ponty…). É também autor de temas que se tornaram verdadeiros standard (Spain…), tendo-se aventurado igualmente na composição clássica (Concerto para piano e orquestra, Concerto para quarteto de cordas n.º 1…). É uma dos nomes incontornáveis do jazz contemporâneo, seja na sua faceta mais clássica ou na fusão de cariz latino.

 

Gary Burton nasceu em1943 em Anderson, Indiana. Começou a estudar música aos 6 anos e piano aos 16, citando o pianista Bill Evans como uma das suas maiores influências. Desenvolveu uma forma muito pessoal e original de tocar vibrafone – um estilo quase pianístico no qual começou a utilizar quatro baquetas em vez das habituais duas. Por outro lado, foi um dos pioneiros da fusão, tendo popularizado as formações em duo, sendo também uma figura de referência na docência do jazz, nomeadamente através do seu trabalho na Berklee School (Boston). Tocou com músicos como George Shearing, Stan Getz, Larry Coryell, Roy Haynes, Steve Swallow, Pat Metheny, Steve Lacy, Herbie Hancock ou Chick Corea, entre tantos outros. Tal como Chick Corea, conta com inumeráveis prémios e distinções. Por exemplo, o trabalho Crystal Silence, apresentado pelo duo em 1972, recebeu um novo  Grammy em 2009 (The New Crystal Silence).

 

Armando Anthony "Chick" Corea was born in Chelsea, Massachusetts, in 1941. He is of Italian and Spanish descent. Armando, his father, a jazz trumpet player, introduced him to the piano at the age of four. Growing up surrounded by jazz music, he was influenced at an early age by bebop stars such as Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Bud Powell, Horace Silver and Lester Young. At eight Corea also took up drums. He made jazz and classic music studies and approached latin and Spanish music. Since the sixties he played with almost all the jazz stars, such as Herbie Mann, Roy Haynes, Miles Davis, Stan Getz, Joe Farrell, Anthony Braxton, Jean-Luc Ponty, to name just a few. He is also very well known as a composer both in jazz-fusion (Spain became a standard) and in classic music (Concerto for piano and orchestra or Concert for string quartet nr 1). Here is Chick Corea, one of the biggest names in contemporary jazz.

 

Gary Burton was born in 1943, in Anderson, Indiana. He began to study music at six and piano at sixteen. Burton has cited jazz pianist Bill Evans as a main inspiration for his approach toward the vibraphone. He attended the Berklee College of Music in early sixties and joined its staff, mainly as jazz educator, from 1971-2004. He developed a vey original and personal style to play the vibraphone using four mallets. He played with a lot of top jazz musicians (George Shearing, Stan Getz, Larry Coryell, Roy Haynes, Steve Swallow, Pat Metheny, Steve Lacy, Herbie Hancock or Chick Corea) and as Corea his work has been awarded several times. For instance, the 1972’s acclaimed duet Crystal Silence, now The New Crystal Silence, was awarded this year a Grammy for Best Instrumental Jazz Album (again with Chick Corea).

 

 

Trio de Mário Laginha

Mário Laginha……..…….piano
Bernardo Moreira…contrabaixo
Alexandre Frazão……....bateria

 

Mário Laginha nasceu em Lisboa a 25 de Abril de 1960 e é um dos mais credenciados pianistas e compositores portugueses de jazz – com incursões, igualmente, pela música erudita. Estudou piano na Academia de Amadores e Música e no Conservatório de Lisboa. Crê-se que a influência de Keith Jarrett foi determinante para a sua carreira artística. É bem conhecido o seu trabalho com os nomes mais sonantes do nosso meio jazzístico – e não só: Maria João, Carlos Bica, Carlos Martins, José Salgueiro, Mário Barreiros, Bernardo Sassetti, Pedro Burmester ou Camané, entre outros. Estas colaborações e o seu trabalho a solo, integrando standards ou composições próprias, originaram uma considerável discografia, e a sua actividade musical tem-se estendido ao teatro e ao cinema. Neste trio, o pianista é acompanhado por Bernardo Moreira, no contrabaixo, e Alexandre Frazão, na bateria, uma das mais sólidas secções rítmicas do jazz português, com muitas provas dadas, o que faz dele uma formação de qualidade, unida por fortes laços de amizade e uma grande cumplicidade musical, visíveis nos mais variados contextos. A prová-lo, as inúmeras actuações ao vivo e o seu álbum Espaço, editado em 2007.

 

Mário Laginha was born in Lisbon on April 25th, 1960. He is one of the most important Portuguese jazz – and classical – pianists and composers. Laginha studied piano at the Amateur and Music Academy of Lisbon Conservatory. The influence of the work of Keith Jarrett was a determining point in his artistic career. His work with great musicians within our jazz – and not just jazz – scene is well know: Maria João, Carlos Bica, Carlos Martins, José Salgueiro, Mário Barreiros, Bernardo Sassetti, Pedro Burmester Camané, among others. These collaborations, as well as his solo work, whether playing standards or his own compositions, gave birth to a considerable discography, and his activity has extended also into theatre and film.
In this trio, pianist is sided by Bernardo Moreira on bass and Alexandre Frazão in drums. This group is one of the most solid rhythmic sections within Portuguese jazz, and have often proved it. Their quality formation is also tightened by the bonds of friendship and by a great musical complicity, which is visble in various contexts. They have proved it in the many life performances, as well as n their last album, Espaço (2007).

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