História da CCL

Breve história da Casa da Cultura de Loulé:

 

Em 1979 um grupo de professores de Loulé reconheceu a necessidade de uma intervenção cívica para além do âmbito das suas funções normais, ou seja, algo que dinamizasse a vida cultural da cidade – então uma pequena vila. Na sequência de vários encontros foram criadas as bases para o lançamento de um projecto cultural, tendo sido criada então a Comissão Pró Casa da Cultura.

A duração desta estrutura, com esta designação, foi relativamente curta, tendo dado lugar à criação da Associação Pró Casa da Cultura.

Em 1987 foi adoptado o actual nome – Casa da Cultura de Loulé e algum tempo depois, quando o Instituto Português da Juventude criou o RNAJ – Registo Nacional de Associações Juvenis – a Associação procedeu aí ao seu registo como Associação Juvenil.

Actualmente a Associação conta com 670 associados e tem-se vindo a constituir como uma entidade de referência no sector da dinamização sociocultural da cidade e do concelho de Loulé.

Entretanto, as actividades que promove têm vindo a adquirir crescente relevância no calendário cultural da vida algarvia.

A actual Direcção é composta por nove elementos, sendo cada um deles responsável por uma ou mais áreas de trabalho da Associação. Todas as actividades são asseguradas pelos associados em regime de voluntariado, existindo apenas dois elementos assalariados que asseguram as tarefas de secretariado.

Ao longo dos anos a Casa da Cultura tem promovido um leque diversificado de actividades, estando patentes em todas elas três grandes linhas orientadoras: a organização, a formação e a divulgação de eventos culturais.

Nos primeiros anos da sua existência, e até pela proveniência dos seus fundadores, foi privilegiada a intervenção junto das escolas, tendo sido desenvolvido todo um trabalho de fomento da prática desportiva, de relançamento dos jogos tradicionais e de apoio às artes plásticas. Seguidamente, começou a ser prestada maior atenção e apoio técnico ao lançamento e consolidação de outras associações locais, capazes de partilhar e prosseguir objectivos semelhantes noutras zonas da região, promovendo, nomeadamente, o intercâmbio de residentes em actividades valorizadoras dos recursos culturais da zona.

Mais tarde, naturalmente, a Associação voltou-se para uma maior estruturação e alargamento das suas próprias actividades, estendendo-se estas pelas áreas do teatro, da fotografia e das artes plásticas e tendo-se fortalecido entretanto o sector da actividade gímnica.

De entre as propostas de trabalho e iniciativas desenvolvidas e/ou ainda em curso, destacamos, a título de exemplo:

  • a organização de batidas fotográficos e de ateliers de fotografia, de jornalismo, de meditação Shiatsu, de expressão plástica e de danças de salão;
  • a organização de exposições, de conferências e debates relativos a temáticas sociais e culturais, numa perspectiva de formação e envolvimento crescente de jovens;
  • a organização de campos de férias e de trabalho, nacionais e internacionais.

Neste âmbito, importa referir a implementação e funcionamento do projecto “Serra à Vista”, que se consubstancia num conjunto de actividades de natureza cultural e ambiental levadas a cabo em escolas desactivadas do interior serrano do concelho de Loulé e que tem contribuído significativamente para a descoberta das potencialidades e dos constrangimentos de uma zona deprimida que, apesar da sua riqueza patrimonial, apresenta fortes riscos de desertificação;

  • a organização de intercâmbios transnacionais de jovens e técnicos, actores da dinamização sociocultural;
  • a criação, no espaço da sede, de um cibercafé, no qual os associados têm acesso à Net e constitui um ponto de encontro privilegiado para os jovens;
  • a organização de espectáculos de teatro (o que veio a originar a criação de um grupo próprio, já com apreciável actividade regular), de ginástica acrobática e de festivais.

O caso concreto do Festival de Jazz, actividade de maior impacto para o concelho de Loulé e Região.
A iniciativa nasceu em 1995, baseando-se nas seguintes ideias-força:

  • dar a possibilidade, ao público em geral e aos mais jovens, em particular, de retomar nalguns casos e iniciar, noutros, o contacto com uma expressão artística de presença regular nos grandes centros urbanos, mas ainda incipiente no Sul do país;
  • proporcionar ao público o contacto, ao vivo, com a música de jazz e os seus nomes maiores;
  • facilitar a emergência de jovens valores e proporcionar-lhes o convívio com os mestres;
  • deslocar para o interior da região algarvia um evento cultural relevante, isto numa zona que concentra no litoral todas as manifestações de cariz cultural e para ele canaliza a maior parte dos recursos;
  • servir como caso exemplar para o fomento, sobretudo no seio das camadas mais jovens, de uma prática musical mais exigente e da construção de gostos mais apurados e para encorajar a emergência de organizações afins na região, em simultâneo ou diferidas temporalmente.